domingo, 24 de abril de 2011

Há dias assim...

Nostalgia.


 
Saudades do meu tempo de criança,
Saudades do que não vivi,
Saudades das pessoas queridas que hoje não estão mais comigo,


Saudades das coisas que um dia quiseram ficar, e eu não dei espaço,
E de tudo...
Saudades de mim!

domingo, 10 de abril de 2011

Minha Pimentinha!


Laura

Aos 26.



Descubra-me...

Não sou feito de nuvens,
Nem fumaça gerada pelo fogo,
Não sou feito de sonhos,
Fui sim, desfeito deles,
Não sou a perfeição,
Sou humano e tenho dor,
Não tenho o desejado amor,
Mas tenho muito em mim guardado.
Não quero rédeas que me prendam,
Quero estímulo para continuar,
Liberdade de ser entre as dúvidas,
A única que não faça chorar.
Quero ser presente quando a ausência,
Quiser crescer e se aproximar,
Não quero ser a turbulência,
Quero apenas ser calmaria,
O ombro onde você pode encostar.
Mas nem sempre querer é poder,
E eu posso alguma vez, não estar.
Mas eu quero apenas merecer,
Que você venha me descobrir,
Me conhecer e se deixar conquistar.

sábado, 9 de abril de 2011

A Menina Loirinha e a Bicicleta Verde!

Era uma vez uma menina loirinha, olhos castanhos, magrinha e cabelo encaracolado. Era uma vez uma bicicleta verde, que o pai comprou para a menina, e que a menina a escolheu com muito carinho. Era verde, não era feminina, dava para rapazes e por isso escolheu-a. Não queria uma bicicleta com cestinha e cor-de-rosa, queria uma bicicleta que a todos assenta-se bem. Todos os dias depois das aulas, a menina pegava na sua bicicleta e dava voltas pela rua, olhava as lojas, encostava a bicicleta e ia brincar com os meninos, pegava na bicicleta e mais uma volta pela rua. Todos os dias a menina loirinha pegava na bicicleta e dava voltas pela rua. Sempre com grande carinho a menina pegava na bicicleta e dava os seus passeios. Ficava chateada se não podia andar na sua bicicleta, era demasiado importante para ela. Era o seu melhor amigo. Adorava sentir o vento na cara quando andava depressa pelas ruas, lançava um sorriso lindo a todos que passassem por ela, adorava aventurar-se no desconhecido, descer escadas, fugir dos pais com a sua bicicleta… a menina acreditava que com a sua bicicleta tudo era possível, que todos os seus sonhos estavam na sua bicicleta. Era a sua bicicleta que a fazia sentir-se livre e feliz!



A menina pensava que tudo era mais fácil com a sua bicicleta. Mas a menina foi crescendo e bicicleta foi ficando pequenina para ela, então encostou a bicicleta num canto e foi vivendo a sua vida. Ela foi crescendo e foi vendo que as coisas não eram tão fáceis como a sua bicicleta parecia mostrar. A realidade era bem mais complicada e difícil de viver…



Um dia, a menina conhece uma pessoa por quem se apaixona muito e lhe diz: “_ Lembro-me de ti quando eras pequenina e andavas sempre na bicicleta!” A menina ficou admirada com o rapaz e abraçou-se a ele, como era possível que ele se lembra-se dela e da sua bicicleta, ela que já se esquecera dela. Foi então que a menina loirinha percebeu que era altura de pegar na bicicleta e dar alguém, alguém que fosse tão feliz como ela foi na bicicleta verde. Pois ela já tinha encontrado alguém que a fizesse feliz, o rapaz que queria ser jogador de futebol!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ser Lésbica é uma escolha?




Ainda ninguém sabe ao certo porque é que uma mulher é lésbica, um homem gay, ou bissexual. O que se sabe é que a homossexualidade existe desde que se conhece a história humana, e não só no homem, mas entre outros animais na natureza, podendo dizer-se que é simplesmente natural.
A maioria das mulheres lésbicas, ou homens gays, dirão que ser homossexual não é uma escolha. Ao certo não se sabe, mas a maioria dos cientistas crê que a homossexualidade não é simplesmente uma escolha, e que a biologia pode ter um papel fundamental. Isto significa que muitas pessoas podem nascer com a sua orientação sexual definida, ou que essa orientação sexual é definida numa tenra idade.
Nas últimas décadas, cientistas tentaram estudar até onde uma orientação sexual pode nascer: se já nasce connosco, ou nasce depois, mais tarde na vida? Alguns estudos feitos nos anos 90, essencialmente em homens, sugeriam que a sexualidade era inata. Foram ligados marcadores DNA à região Xq28 do cromossoma X , a homens homossexuais. Mas outros estudos subsequentes falharam a replicar este resultado, deixando um resultado que informava que a homossexualidade tem múltiplas causas, incluindo factores ambientais, cognitivas e biológicas.

Mas será de facto uma escolha?

Alguns estudos concluíram que a sexualidade feminina é mais ambivalente que a masculina. Claro que algumas pessoas podem afirmar que é uma escolha, e até algumas mulheres lésbicas poderão dizer que até um certo ponto, é uma escolha. Outras mulheres acreditam que nasceram lésbicas. Na realidade nada se pode comprovar a 100%, e até um certo ponto, tudo varia de mulher para mulher.
Hoje em dia existe uma nova linha de pesquisas, especialmente na linha da sexualidade feminina. Desde 1948, quando o famoso Alfred Kinsey introduziu a sua famosa escala de 6 pontos, em que o 0 (zero) significa completamente heterossexual e o 6 completamente homossexual, com o 3 a significar bissexual; a verdade é que a maioria das mulheres caía no 3, ou seja bissexual.
 A nova frase usada hoje em dia devido a novos estudos acerca da sexualidade feminina é a “fluidez sexual”. Foram feitas experiências na Universidade de Northwestern nos EUA, e as mulheres que participaram na experiência, ficaram sexualmente excitadas, quando visualizavam quer filmes heterossexuais, quer filmes lésbicos, todos de carácter erótico. Conclui-se que o desejo sexual das mulheres é menos rígido e menos virado para um género sexual, comparativamente aos homens.
Isto não significa que todas as mulheres sejam bissexuais. A “fluidez sexual” representa a capacidade de responder de forma erótica a distintas situações que envolvem pessoas de géneros distintos. Isto não é simplesmente algo controlável, são respostas inatas a situações ou pessoas quando visualizadas. 
Conclui-se também que as mulheres são mais atraídas pela pessoa do que pelo género – características como humor, generosidade, inteligência, podem ser valorizadas em homens e mulheres, podendo existir ligação emocional com qualquer um deles, mudando a sua orientação sexual em função desta ligação emocional.
Quer pense que ser lésbica é uma escolha ou não, a verdade é que existe uma escolha: agir de acordo com o seu coração ou não. Pode escolher esconder os seus impulsos e desejos, mas isso não significa que não seja homossexual, bissexual ou heterossexual, só significa que não está a ser sincera consigo própria.
O que se pode concluir a respeito da questão que ser lésbica é uma escolha ou não, é que não se escolhe quem se ama. Seja qual for o género pelo qual nos apaixonamos, somos todos humanos, independentemente de nos considerarmos heterossexuais, homossexuais, bissexuais…, o que interessa é sermos felizes com que amamos.
A verdade é que as pessoas que são verdadeiras consigo mesmas, são mais felizes. Aceitar a orientação sexual, seja ela qual for, mais lésbica, menos lésbica, seja o que for que sinta, a melhor forma de viver a vida, é aceitar-se, só desta forma será feliz.

terça-feira, 5 de abril de 2011

"Já que sou, o jeito é ser" (Clarice Lispector)


Ser romântica é o que fode com tudo. 

Acreditar.

E querer. E querer. E querer...
Crer.
E esperar.
E, mais do que tudo, sonhar.
Se eu tivesse nascido com uma pedra de gelo no lugar do meu coração, talvez fosse tudo mais fácil.
Mas aí eu não seria eu.
E, mesmo com todas as complicações que isso implica, eu gosto de ser eu.
(E também não sei ser outra coisa. Não mais.)